Cariacica/ES - Um homem de 23 anos, funcionário da
Siderúrgica Santa Bárbara, morreu na madrugada de 17 de julho após
sofrer um acidente de trabalho, em Cariacica, na Grande Vitória (ES).
Herlan Xavier Pereira teve 90% do corpo queimado e chegou a ficar quatro
dias internado no Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra.
Na manhã desta quarta-feira (17), os funcionários da empresa cruzaram os braços em um protesto que pede mais segurança para os trabalhadores. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal-ES), já foram feitas denuncias aos responsáveis pela empresa sobre as péssimas condições de trabalho dos funcionários. A siderúrgica informou por meio de nota que prestou toda a assistência possível ao empregado.
Um colega de Herlan, José Wanderson Nunes Cantilho, ajudou a socorrê-lo. "Ele me pediu socorro, falou que estava sendo queimado. Comecei a gritar e pedir ajuda. Pegamos uma escada para ele poder descer, porque ele estava em uma parte mais alta, mas não teve jeito e aconteceu o pior", disse.
A esposa Ana Paula Barcellos explicou que sofre ao pensar em tudo que o marido passou. "Não tinha um bombeiro nem enfermeira para dar os primeiros socorros ao meu marido. Ele sofreu muito e eu sofro mais ainda de saber disso. Imagino ele pegando fogo e não ter ninguém para ajudar ele, tirar a roupa dele, manter a calma para não pular lá de cima", falou.
Segundo o sindicato, falta treinamento e também equipamentos adequados para as atividade. "Apenas nessa semana tivemos dois acidentes. Se eles trabalham em um lugar que tem fagulhas e muito calor, tem que ter uma roupa preparada, mas isso a empresa não fornece e tem que ser a roupa do corpo mesmo", explicou o diretor do Sindimetal.
Na empresa, placas mostram a obrigatoriedade do uso dos equipamentos de segurança, mas segundo funcionários, isso não ocorre pela falta de auxílio. O ex-funcionário César Henrique Bertolini também foi vitima de uma acidente na empresa e ficou cego do olho esquerdo. Ele acabou demitido. "Enquanto eu trabalhava, caiu uma fagulha nas minhas vistas. Não me deram assistência nenhuma e eu só fui pingando colírio até que eu fiquei cego", disse.
Ana Paula Barcellos contou que vivia bem com o marido e que o casal tinha muitos planos. O mais recente veio da vontade de aumentar a família, mas o acidente interrompeu a decisão. "O que mais está doendo é que no dia que ele se acidentou, antes de ir trabalhar, ele me pediu um filho. Me dói saber que ele não vai mais estar aqui com a gente, por irresponsabilidade de uma firma que é toda irregular", disse emocionada.
Empresa
Por meio de nota, a Companhia Siderúrgica Santa Bárbara, localizada no bairro Caçaroca, em Cariacica, explicou que o acidente com Herlan aconteceu enquanto ele fazia o trabalho de injeção de finos, tecnologia para a produção de ferro feita em alto-forno. A empresa informou que prestou toda a assistência possível ao funcionário para recuperar sua saúde e lamentou o ocorrido. Reiterou que ainda presta assistência à família com o objetivo de amenizar a dor. A siderúrgica também esclareceu que sempre cumpriu as normas de segurança e que em 11 anos de atividade esta foi a primeira vez que um acidente de trabalho resultou na morte de um empregado, afirmando não ter culpa pelo que ocorreu.
Na manhã desta quarta-feira (17), os funcionários da empresa cruzaram os braços em um protesto que pede mais segurança para os trabalhadores. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal-ES), já foram feitas denuncias aos responsáveis pela empresa sobre as péssimas condições de trabalho dos funcionários. A siderúrgica informou por meio de nota que prestou toda a assistência possível ao empregado.
Um colega de Herlan, José Wanderson Nunes Cantilho, ajudou a socorrê-lo. "Ele me pediu socorro, falou que estava sendo queimado. Comecei a gritar e pedir ajuda. Pegamos uma escada para ele poder descer, porque ele estava em uma parte mais alta, mas não teve jeito e aconteceu o pior", disse.
A esposa Ana Paula Barcellos explicou que sofre ao pensar em tudo que o marido passou. "Não tinha um bombeiro nem enfermeira para dar os primeiros socorros ao meu marido. Ele sofreu muito e eu sofro mais ainda de saber disso. Imagino ele pegando fogo e não ter ninguém para ajudar ele, tirar a roupa dele, manter a calma para não pular lá de cima", falou.
Segundo o sindicato, falta treinamento e também equipamentos adequados para as atividade. "Apenas nessa semana tivemos dois acidentes. Se eles trabalham em um lugar que tem fagulhas e muito calor, tem que ter uma roupa preparada, mas isso a empresa não fornece e tem que ser a roupa do corpo mesmo", explicou o diretor do Sindimetal.
Na empresa, placas mostram a obrigatoriedade do uso dos equipamentos de segurança, mas segundo funcionários, isso não ocorre pela falta de auxílio. O ex-funcionário César Henrique Bertolini também foi vitima de uma acidente na empresa e ficou cego do olho esquerdo. Ele acabou demitido. "Enquanto eu trabalhava, caiu uma fagulha nas minhas vistas. Não me deram assistência nenhuma e eu só fui pingando colírio até que eu fiquei cego", disse.
Ana Paula Barcellos contou que vivia bem com o marido e que o casal tinha muitos planos. O mais recente veio da vontade de aumentar a família, mas o acidente interrompeu a decisão. "O que mais está doendo é que no dia que ele se acidentou, antes de ir trabalhar, ele me pediu um filho. Me dói saber que ele não vai mais estar aqui com a gente, por irresponsabilidade de uma firma que é toda irregular", disse emocionada.
Empresa
Por meio de nota, a Companhia Siderúrgica Santa Bárbara, localizada no bairro Caçaroca, em Cariacica, explicou que o acidente com Herlan aconteceu enquanto ele fazia o trabalho de injeção de finos, tecnologia para a produção de ferro feita em alto-forno. A empresa informou que prestou toda a assistência possível ao funcionário para recuperar sua saúde e lamentou o ocorrido. Reiterou que ainda presta assistência à família com o objetivo de amenizar a dor. A siderúrgica também esclareceu que sempre cumpriu as normas de segurança e que em 11 anos de atividade esta foi a primeira vez que um acidente de trabalho resultou na morte de um empregado, afirmando não ter culpa pelo que ocorreu.
Fonte: www.protecao.com.br
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